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Catarina Rabello

Tatuapé e Perdizes: Terapia de Casal e os espinhos do casamento

Por | Dinâmicas disfuncionais, Família, Psicoterapia, Terapias de Casais | Nenhum Comentário

..………..Em botânica, os espinhos das plantas são os elementos de defesa contra insetos e agressões do ambiente externo. Tanto em botânica como no relacionamento conjugal, maiores serão as defesas quanto maiores forem as probabilidades de ataque…………Em botânica, as defesas são transformações fisiológicas que se mantém permanentes e acabam fazendo parte da estrutura vital. Quanto ao relacionamento conjugal, pode ocorrer algo semelhante…

 

Toda defesa humana supõe um ataque iminente. Como compreender o trabalho da Terapia de Casais:

 

Identificar e modificar a dinâmica de defesa e ataque, no que diz respeito a  ligações simbólicas decorrentes de vários momentos da história conjugal, onde os espinhos foram as defesas necessárias à sobrevivência do casal ou dos parceiros individualmente, representa uma importante função da terapia de casais. 

Entretanto, se os espinhos se mantiveram rígidos,  mesmo na ausência de uma ameaça de ataque iminente, eles se manifestam como armaduras de proteção. Ocorre que prolongam um episódio de crises e conflitos, enrijecem o distanciamento afetivo conjugal,  e submetem o casal a altos níveis de angústia, sofrimento e estresse psicológico.

Na dinâmica de um casal em crise não se sabe mais qual dos dois parceiros assume primeiro a posição de ataque ou defesa agressiva. No interjogo da dinâmica conjugal conflitiva, os parceiros buscam  soluções às vezes de forma não tão consciente para fugir de um profundo sentimento de abandono pelo outro que se distanciou. Os espinhos da relação podem se manifestar de diferentes maneiras e até de maneiras opostas. Podem desenvolver desde a indiferença mútua, pouco contato físico, sexual, afetivo, evitações de diálogos e aproximação cada vez menor, até cultivar o hábito de iniciar brigas homéricas com elevado nível de agressividade e ausência total de diálogo. Tanto o cultivo do silêncio quanto da voz hostil, o grito e falas agressivas e ofensivas com muita frequência, podem transformar a relação em um vínculo patológico e insustentável. O estresse constante e permanente de um casal em crise pode levar a sintomas de depressão, ansiedade, doenças psicossomáticas e outras sintomatologias associadas à tristeza e insatisfação.

Vale a pena tratar as feridas provocadas pelos espinhos de uma convivência dolorosa, de uma relação em crise ou de um relacionamento doentio. A acomodação a uma situação de sofrimento na relação conjugal pode levar a um adoecimento psicológico gradativo e sujeito a sequelas. O atendimento a casais em crise se propõe a resgatar os aspectos saudáveis necessários para que cada parceiro consiga reencontrar-se consigo mesmo e procure soluções mais saudáveis e eficazes para a relação, no intuito de manter a saúde mental individual e conjugal, caso encontrem uma possibilidade de continuidade da relação.

Catarina Rabello
Psicóloga CRP 30103/06
Atendimento a adultos, adolescentes

Terapeuta de Casais e Famílias
Psicanalista membro efetivo do Departamento de Psicanálise do I. Sedes Sapientiae

Consultório São Paulo
(11) 970434427
contato@psicatarina.com
SP zona oeste:    Perdizes  R. Ministro Godoi, 1301
SP zona leste:    Tatuapé   R. Serra de Botucatu, 48

Subjetividade e Família no filme “Coco”

Por | Família | Nenhum Comentário

Coco é o mais novo filme de animação da Pixar/Disney e é mais do que um presente ao povo mexicano, é uma linda produção que propõe um retorno às raízes culturais e à valorização da história do México, desde o ponto mais íntimo da história de uma família mexicana em seus dias atuais até as marcas transgeracionais familiares e os mitos que orientam as crenças e valores do povo mexicano. Mas este filme não se restringe somente à cultura mexicana no que diz respeito aos conflitos e bloqueios familiares. Pelo contrário, traz à tona a importância da história familiar desde as suas raízes, de uma maneira em que todos nós, ao assistirmos o filme, podemos nos identificar,  deixando claro que as interpretações da história familiar com suas distorções e segredos têm um papel fundamental na construção de valores para as gerações seguintes.

Coco traz à tona a lembrança de um hábito  muito esquecido às gerações atuais, o hábito de contar e ouvir histórias. Esquecemos do benefício fundamental sobre o hábito de contar histórias, e em especial, as histórias sobre os avós, bisavós e tataravós às nossas crianças em plena formação da sua estrutura psíquica. As crianças gostam de ouvir histórias e conseguem identificar-se com os aspectos valorizados dos seus antepassados.

A capacidade de linguagem da criança e suas habilidades cognitivas, sociais e emocionais necessitam de estímulos importantes para o seu desenvolvimento, permeados por um convívio familiar afetivo através de brincadeiras e atividades lúdicas como ouvir as histórias contadas pelos mais velhos. Porém, com o crescente uso e abuso de recursos tecnológicos por pais e filhos, o hábito de reunir a família para contar histórias foi se perdendo e reduzindo as oportunidades da criança para este tipo de vivência. Ao ouvir histórias a criança pode se identificar com alguns personagens e processar simbolicamente os seus conflitos emocionais, seus medos e inseguranças de maneira lúdica e divertida. Por este motivo, é tão comum as crianças pedirem para ouvir uma determinada história inúmeras vezes, porque através da repetição elas estão processando os seus conteúdos emocionalmente.

Coco estreou no México no final de outubro/2017, próximo à importante data festiva para os mexicanos, o “Dia dos Mortos”. O filme se desenvolve em torno dos enigmas e traumas que envolvem a família de Miguel Rivera, um garoto de 12 anos que deseja ser músico,  mas que sofre todo tipo de proibição para realizar o  seu sonho. Seu tataravô  era músico e desapareceu após ter saído um certo dia levando o seu violão. Miguel visita o cemitério da cidade e encontra-se com uma vida alegre, divertida e colorida de esqueletos que o recebem em clima de festa e se apresentam assim: “Bem -vindo à terra dos seus antepassados, nós somos a sua família”.

O filme Coco expressa de uma maneira muito linda e real os dramas de uma família envoltos por segredos e interpretações distorcidas da história familiar, que são transmitidas transgeracionalmente e movidas por uma lógica predominantemente emocional, colocando a figura do pai e tataravô no lugar de vilão. A interpretação dada pela tataravó ao desaparecimento do marido foi movida por uma profunda mágoa chegando a ser cruel, fazendo com que todos os familiares daquela geração e das seguintes acreditassem de que o seu marido havia simplesmente abandonado a família e deixado a sua filha Coco ainda criança em prol do seu sonho de viver da música. Mas Miguel, o tataraneto de apenas 12 anos, não se contentou com esta explicação rasa dada pela família para a proibição maciça ao seu desejo de tornar-se músico como o tataravô. Sua bisavó Coco já apresentava sinais de Alzheimer e não conseguia ajudá-lo na busca de suas respostas a tanta rejeição familiar à figura do seu pai e ao sonho do bisneto. Miguel precisou pesquisar muito até que encontrou-se com o seu tataravô no mundo dos mortos e conheceu a verdadeira história sobre o seu desaparecimento. O filme apresenta uma complexidade profunda ligada ao conflito familiar, com um grau de relativa dificuldade para a compreensão das crianças menores que possam assisti-lo, pois mistura o mundo dos vivos e dos mortos em uma saga que traz à tona a ambivalência do bem e do mal na realização dos desejos humanos.

Este filme cuidadosamente elaborado a partir da cultura, do folclore, dos mitos e crenças mexicanas sobre o binômio vida e morte, nos traz uma bela representação sobre uma das questões mais essenciais à vida:  Ir em busca do seu sonho, conhecer a verdadeira história dos seus antepassados, elaborar as questões sobre a vida e a morte, construir o seu próprio mito particular e viver com alegria, não é definitivamente uma tarefa fácil!

Coco aponta para inúmeras  questões de vida, como a empatia, as importância das memórias familiares, a violência, a ética, a falta de escrúpulos, as dificuldades de se colocar no mundo com seus sonhos, suas marcas e inseguranças, as dificuldades de lidar com os enigmas da história familiar e seus vieses, ambiguidades e bloqueios e como construir a individualidade e subjetividade em um processo que é nitidamente elaborado a partir das representações simbólicas familiares transgeracionais e culturais, um verdadeiro tratado de terapia familiar sistêmica! Além destes aspectos, o filme faz uma ampla referência à arte mexicana, à sua riqueza nos estilos e expressões musicais, à  importante arte da pintura com Frida Khalo e Diego Rivera, e à riqueza das artes plásticas com os alebrijes e sua simbologia.

O final do filme é fantástico e emocionante e também reforça a importância da memória familiar, com a linda música “Remember”. Vale muito a pena assistir!

 

Catarina Rabello
Psicóloga CRP 30103/06
Atendimento a adultos, adolescentes, casais e famílias
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Terapia de casal e suas Indicações

Por | Terapias de Casais | Nenhum Comentário

Tempo para tudo
“Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião.

Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar; tempo de derrubar e tempo de construir.
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar; tempo de chorar e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las; tempo de abraçar e tempo de afastar.
Há tempo de procurar e tempo de perder; tempo de rasgar e tempo de remendar; tempo de ficar calado e tempo de falar.”                        (Eclesiastes 3 1-7)

Quando um casal prolonga demasiadamente uma crise, provavelmente os parceiros já não conseguem ouvir-se mutuamente, não conseguem expressar-se bem ou não respeitam mais a subjetividade um do outro. Há o tempo de se aproximar e o tempo de se afastar, porém, transportar esta sabedoria para a relação amorosa demanda observação, dedicação, maturidade, tempo, e uma boa dose de tolerância. Muitos casais em crise não se permitem passar pelo tempo do amadurecimento do amor, e ficam à mercê de estruturas frágeis de relacionamento que envolvem o ciúmes, a mágoa e a competitividade, como as ondas que se dissolvem ao sabor do vento e acabam por morrer na praia. Alguns relacionamentos também podem se dissolver prematuramente se o casal não receber o apoio necessário para aprender a lidar com as diferenças individuais e descobrir que há formas saudáveis de minimizar as tensões que se formam ao longo da convivência.

Quando indicar a terapia de casal

Refletir sobre os tempos necessários de cada um pode ser o início de um processo terapêutico bem intenso. Interessante observarmos que as pontuações do texto de Eclesiastes envolvem sempre uma circularidade, como se pudéssemos enxergar o que ocorreu somente após a passagem de um tempo entre diversas etapas da vida em um processo cíclico e constante. A terapia de casal pode facilitar o reconhecimento dos tempos necessários de cada um, suas nuances, as possibilidades de compartilhamento ou até mesmo de fechamento de um ciclo. A terapia permite um olhar mais amplo pelo que foi reconhecido como o tempo de espalhar pedras e o que pode ser compreendido como o tempo de reuni-las. Será o tempo de rasgar ou de remendar, de prevenir ou de tratar? Isto não pode ser definido a priori. Cada casal tem um tempo necessário para elaborar o seu conflito e este tempo precisa ser respeitado individualmente durante o processo da  terapia de casal.

Permitir-se olhar para si e para o outro com um novo olhar, compreender as leis implícitas que cada parceiro transporta inconscientemente para o relacionamento, compreender os valores que regem os padrões de comportamento individuais, eis o início de um processo de reencontro com a saúde e com o amadurecimento.

 

Catarina Rabello
Psicóloga CRP 30103/06
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Trauma sob o olhar da Psicanálise

Por | Psicanálise | Nenhum Comentário

Trauma é um termo de origem grega que significa ferida, sendo utilizado principalmente pelo campo da medicina. A psicanálise transpôs este termo para o plano psíquico, explicando o trauma como uma consequência de um choque emocional violento capaz de produzir efeitos sobre o psiquismo como um todo. O trauma pode advir de uma única vivência muito violenta ou da somatória de experiências de grande impacto psíquico que se fixam e não conseguem ser metabolizadas pelo aparelho psíquico.

Nas bases etiológicas das neuroses e psicoses encontramos sinais de experiências traumáticas que foram vividas num momento  precoce da vida durante o desenvolvimento infantil quando a linguagem ainda incipiente não podia ser utilizada para traduzir a intensidade do impacto psíquico do trauma. Os traumas também podem associar-se a sintomas depressivos e de ansiedade, colocando-se como reforçadores dos transtornos de pânico, do estresse pós-traumático, das depressões e outras patologias.

Sinais mnêmicos da experiência traumática podem passar a fazer parte do psiquismo produzindo sintomas que expressam-se de maneira constante e repetitiva, sendo uma tentativa insistente do aparelho psíquico a liberação da energia livre que ainda não pode ser simbolizada, independente do tempo em que o trauma foi desencadeado.  O trabalho psicanalítico favorece um caminho para que a experiência traumática infantil fortemente emocional e profundamente marcada no aparelho psíquico passe a ser contornada pela linguagem. Desta forma, cria-se uma oportunidade  de reintegração do conteúdo psíquico traumático e o trauma deixa de ser uma fonte de recorrência de sintomas de angústia e ansiedade sem nomeação para tornar-se um registro simbolizado do passado.

Qual seria a semelhança entre o trauma e os fósseis que encontramos incrustados nas rochas?

Assim como o trauma, os fósseis nos dão as pistas de um modo de vida de seres extintos há milhões de anos atrás. Os fósseis são os restos de animais ou vegetais que ficaram depositados intactos sobre o solo e gradativamente foram enrijecendo e fazendo parte integrante das rochas, permitindo que os paleontólogos possam hoje, através dos seus estudos, concluir sobre a história do desenvolvimento do planeta numa era em que os historiadores ainda não existiam.

O psicanalista, por sua vez, é o profissional que pode acompanhar esta busca através da interpretação dos restos mnêmicos da história do paciente, que, ao contrário dos fósseis, se mantém vivos no inconsciente produzindo efeitos atualizados como sonhos de angústia, pesadelos, atos falhos e sintomas. Em um processo psicanalítico, através da escuta cuidadosa do discurso do paciente e das interpretações e intervenções do analista, a experiência traumática pode vir a ser elaborada pelo psiquismo e deixar de se apresentar de maneira repetitiva, incompreensível e dolorosa ao paciente.

 

Catarina Rabello
Psicóloga CRP 30103/06
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Terapia de Casal: um labirinto a ser percorrido

Por | Terapias de Casais | Nenhum Comentário

Há momentos na vida conjugal em que podemos nos sentir trilhando um labirinto sem saída. Giramos, giramos e não encontramos o caminho certo para sair do emaranhado em que nos encontramos. Fogem-nos os parâmetros e perdem-se as referências sob as quais teríamos a melhor opção a seguir. Felizmente, é possível parar e analisar mais objetivamente este momento tão difícil. Talvez seja o momento de pedir e aceitar a ajuda de um terapeuta. Como poderíamos interpretar uma ajuda terapêutica para um casal em crise? Como um guia, um acompanhante, um tutor ou um mediador? 

O terapeuta de casais pode assumir variadas funções, mas deve restringir-se a acompanhar o casal em sua própria trajetória ao invés de dirigi-lo a um caminho pré-estabelecido. O terapeuta pode assumir eventualmente a função de um tradutor quando a comunicação entre os parceiros encontra-se prejudicada pelos vícios de expressão ou pelas inúmeras interpretações mal conduzidas. O terapeuta também pode ajudar o casal a recuperar aspectos essenciais do relacionamento que se perderam ao longo do caminho, como por exemplo, ajudar os parceiros a focarem um olhar e uma escuta mais cuidadosa sobre questões difíceis da história do casal e resgatar o respeito e a sensibilidade que se perderam ao longo das crises e conflitos conjugais. Entretanto, em algumas situações, torna-se difícil para o casal estar aberto a trilhar um caminho novo. Já distante  das tentativas esgotadas e pela repetição dos intermináveis desentendimentos, a terapia às vezes é vista como a última saída e última opção após um grande desgaste e quase total perda de esperanças. Nestes casos, o terapeuta representa um elemento fundamental no resgate da esperança de que é possível reencontrar um caminho mais harmônico e trazer de volta a saúde da relação, já que o desgaste emocional pode ser tão intenso capaz de desencadear sintomas e patologias como depressões e outros transtornos psíquicos e psicossomáticos. 

Desde que a caminhada passe a ser menos ameaçadora, pode ressurgir no casal o prazer em caminhar junto, ou,  por outro lado, os parceiros podem descobrir que não desejam mais seguirem juntos e podem trilhar trajetórias diferentes, sem se destruírem mutuamente. De qualquer forma, desenovelar um emaranhado de fatores que produzem angústia, estresse, mágoa e tristeza pode favorecer uma sensação muito positiva de alívio, tranquilidade e capacidade para decidir o que for melhor para ambos. Nem sempre o sonho de compartilhamento absoluto se realiza, especialmente quando os choques de opiniões, valores e posturas que não eram percebidos ou valorizados no início da relação passam a pesar na balança. Deparar-se com a frustração de ideais quanto a um relacionamento não é algo fácil de elaborar, porém, as decisões tomadas a partir de uma terapia de casal podem transformar-se em um ponto de partida para uma caminhada mais amadurecida e saudável. 

 

Catarina Rabello
Psicóloga CRP 30103/06
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