Terapia de casal e suas Indicações

Por 22 de janeiro de 2018Terapias de Casais

Tempo para tudo
“Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião.

Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar; tempo de derrubar e tempo de construir.
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar; tempo de chorar e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las; tempo de abraçar e tempo de afastar.
Há tempo de procurar e tempo de perder; tempo de rasgar e tempo de remendar; tempo de ficar calado e tempo de falar.”                        (Eclesiastes 3 1-7)

Quando um casal prolonga demasiadamente uma crise, provavelmente os parceiros já não conseguem ouvir-se mutuamente, não conseguem expressar-se bem ou não respeitam mais a subjetividade um do outro. Há o tempo de se aproximar e o tempo de se afastar, porém, transportar esta sabedoria para a relação amorosa demanda observação, dedicação, maturidade, tempo, e uma boa dose de tolerância. Muitos casais em crise não se permitem passar pelo tempo do amadurecimento do amor, e ficam à mercê de estruturas frágeis de relacionamento que envolvem o ciúmes, a mágoa e a competitividade, como as ondas que se dissolvem ao sabor do vento e acabam por morrer na praia. Alguns relacionamentos também podem se dissolver prematuramente se o casal não receber o apoio necessário para aprender a lidar com as diferenças individuais e descobrir que há formas saudáveis de minimizar as tensões que se formam ao longo da convivência.

Quando indicar a terapia de casal

Refletir sobre os tempos necessários de cada um pode ser o início de um processo terapêutico bem intenso. Interessante observarmos que as pontuações do texto de Eclesiastes envolvem sempre uma circularidade, como se pudéssemos enxergar o que ocorreu somente após a passagem de um tempo entre diversas etapas da vida em um processo cíclico e constante. A terapia de casal pode facilitar o reconhecimento dos tempos necessários de cada um, suas nuances, as possibilidades de compartilhamento ou até mesmo de fechamento de um ciclo. A terapia permite um olhar mais amplo pelo que foi reconhecido como o tempo de espalhar pedras e o que pode ser compreendido como o tempo de reuni-las. Será o tempo de rasgar ou de remendar, de prevenir ou de tratar? Isto não pode ser definido a priori. Cada casal tem um tempo necessário para elaborar o seu conflito e este tempo precisa ser respeitado individualmente durante o processo da  terapia de casal.

Permitir-se olhar para si e para o outro com um novo olhar, compreender as leis implícitas que cada parceiro transporta inconscientemente para o relacionamento, compreender os valores que regem os padrões de comportamento individuais, eis o início de um processo de reencontro com a saúde e com o amadurecimento.

 

Catarina Rabello
Psicóloga CRP 30103/06
Atendimento a adultos, adolescentes, casais e famílias
Psicanalista membro efetivo do Departamento de Psicanálise do I. Sedes Sapientiae

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