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Autoimagem e autoestima

Indicações da Psicanálise Perdizes e Tatuapé

Por | Abordagem psicanalítica, Autoimagem e autoestima, Psicanálise | Nenhum Comentário

 

Estamos sendo capturados a todo momento por um universo cujo volume incessante de imagens e informações direcionam, de certa forma, os nossos desejos, pensamentos, sonhos e emoções. Estar imerso neste mundo de riqueza de linguagens e velocidades diversas pode nos levar a uma maior vulnerabilidade psíquica e, consequentemente, à perda de contato com os aspectos mais subjetivos do ser.

As perguntas “Quem sou?” e “O que preciso para ser feliz?”  estão sendo respondidas a todo o momento por uma quantidade enorme de demandas externas que nos cercam. Entretanto, a linguagem interna dos sentimentos, sensações, desejos e emoções, muitas vezes não consegue ser capturada com tanta clareza como os signos linguísticos que nos invadem continuamente pelos meios da comunicação digital.

As sensações de angústia, tristeza, ansiedade, medo, incerteza e insatisfação podem ocupar o espaço interno mental sem que o indivíduo tenha consciência da importância da conexão consigo mesmo, com as suas questões subjetivas, ou com os efeitos das marcas de sua história de vida no psiquismo.

A falta de sintonia entre as demandas psíquicas internas e as demandas do mundo externo pode levar a idealizações dissociadas da realidade, produzindo um desgaste da autoimagem e autoestima. As dificuldades emocionais ligadas aos insucessos em lidar com os desafios da vida podem desencadear sintomas psíquicos associados às depressões, medos e ansiedades, que comprometem o desenvolvimento global do indivíduo e o processo de escolhas que remetem à realização de um sonho de felicidade almejada.

Poder falar de si mesmo em um processo terapêutico é uma oportunidade de reconectar-se com o ser subjetivo que encontra-se permeado de expectativas e frustrações por vezes muito intensas, contraditórias ou duradouras. De certa forma, o que possibilita com que uma pessoa conviva tanto tempo com um elevado grau de angústia, sofrimento e insatisfação está relacionado ao seu potencial de resiliência. Entretanto, o equilíbrio emocional pode tornar-se frágil e desgastado pela ineficácia das defesas internas, que já não conseguem suportar o nível de estresse psíquico. Ao surgirem sintomas de depressão, ansiedade, medo, pânico, ou sintomas de origem psicossomática, que prejudicam significativamente a qualidade de vida,  a pessoa se dirige finalmente à procura de uma ajuda terapêutica. Entretanto, se esta procura de ajuda é adiada por muito tempo e por diversos motivos, maiores se tornam os desdobramentos de uma falta de sintonia do paciente consigo mesmo, tornando mais complexas as suas dificuldades e mais cristalizadas as suas sintomatologias.

Na abordagem psicanalítica, os sintomas psíquicos ou psicossomáticos, aqueles que associam as questões inconscientes aos sintomas físicos, podem ser analisados e interpretados como indicativos de dificuldades importantes em conciliar os conflitos provenientes da luta entre as questões da subjetividade inconsciente.  Estes conflitos podem ter origem até nas vivências mais remotas da infância e as suas representações podem ser trazidas à consciência através da escuta analítica e serem trabalhadas através da análise.

A psicoterapia de abordagem psicanalítica pode ajudar o paciente a reconciliar-se consigo mesmo, com sua história de vida e seus traumas, identificar os valores que orientam a sua vida, resgatar os recursos psíquicos que lhe permitam lidar melhor com a sua subjetividade inconsciente, recuperar ou desenvolver a capacidade de manter o equilíbrio corpo/mente e seguir no desenvolvimento de seus potenciais para a auto-realização, saúde e bem-estar.

 

 

Catarina Rabello
Psicóloga Crp 30103/06
Psicanalista membro efetivo do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae
Neuroeducadora CEFAC

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