Terapia de Casal: um labirinto a ser percorrido

Por 22 de janeiro de 2018Terapias de Casais

Há momentos na vida conjugal em que podemos nos sentir trilhando um labirinto sem saída. Giramos, giramos e não encontramos o caminho certo para sair do emaranhado em que nos encontramos. Fogem-nos os parâmetros e perdem-se as referências sob as quais teríamos a melhor opção a seguir. Felizmente, é possível parar e analisar mais objetivamente este momento tão difícil. Talvez seja o momento de pedir e aceitar a ajuda de um terapeuta. Como poderíamos interpretar uma ajuda terapêutica para um casal em crise? Como um guia, um acompanhante, um tutor ou um mediador? 

O terapeuta de casais pode assumir variadas funções, mas deve restringir-se a acompanhar o casal em sua própria trajetória ao invés de dirigi-lo a um caminho pré-estabelecido. O terapeuta pode assumir eventualmente a função de um tradutor quando a comunicação entre os parceiros encontra-se prejudicada pelos vícios de expressão ou pelas inúmeras interpretações mal conduzidas. O terapeuta também pode ajudar o casal a recuperar aspectos essenciais do relacionamento que se perderam ao longo do caminho, como por exemplo, ajudar os parceiros a focarem um olhar e uma escuta mais cuidadosa sobre questões difíceis da história do casal e resgatar o respeito e a sensibilidade que se perderam ao longo das crises e conflitos conjugais. Entretanto, em algumas situações, torna-se difícil para o casal estar aberto a trilhar um caminho novo. Já distante  das tentativas esgotadas e pela repetição dos intermináveis desentendimentos, a terapia às vezes é vista como a última saída e última opção após um grande desgaste e quase total perda de esperanças. Nestes casos, o terapeuta representa um elemento fundamental no resgate da esperança de que é possível reencontrar um caminho mais harmônico e trazer de volta a saúde da relação, já que o desgaste emocional pode ser tão intenso capaz de desencadear sintomas e patologias como depressões e outros transtornos psíquicos e psicossomáticos. 

Desde que a caminhada passe a ser menos ameaçadora, pode ressurgir no casal o prazer em caminhar junto, ou,  por outro lado, os parceiros podem descobrir que não desejam mais seguirem juntos e podem trilhar trajetórias diferentes, sem se destruírem mutuamente. De qualquer forma, desenovelar um emaranhado de fatores que produzem angústia, estresse, mágoa e tristeza pode favorecer uma sensação muito positiva de alívio, tranquilidade e capacidade para decidir o que for melhor para ambos. Nem sempre o sonho de compartilhamento absoluto se realiza, especialmente quando os choques de opiniões, valores e posturas que não eram percebidos ou valorizados no início da relação passam a pesar na balança. Deparar-se com a frustração de ideais quanto a um relacionamento não é algo fácil de elaborar, porém, as decisões tomadas a partir de uma terapia de casal podem transformar-se em um ponto de partida para uma caminhada mais amadurecida e saudável. 

 

Catarina Rabello
Psicóloga CRP 30103/06
Atendimento a adultos, adolescentes, casais e famílias
Psicanalista membro efetivo do Departamento de Psicanálise do I. Sedes Sapientiae

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