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Abordagem psicanalítica

O processo psicanalítico: sonhos, metáforas e reflexões

Por | Abordagem psicanalítica, Psicanálise, Reflexões, Subjetividade e autoconhecimento | Nenhum Comentário

 

O processo psicanalítico, assim como o percurso de uma viagem ou até mesmo a interpretação de um sonho envolve muitos momentos que não são estáticos, pelo contrário, o movimento que se produz e que é impulsionado na dinâmica terapêutica é o que permite ao paciente a evolução em sua caminhada de conhecimento, reconhecimento e elaboração de suas dúvidas, angústias e conflitos.

Acessar os mecanismos psíquicos exige uma abertura para um olhar de maneira ampla. Assim como uma viagem nos proporciona olhares através de diferentes ângulos e profundidades e os seus registros podem ser revelados por tomadas fotográficas nos seus mínimos detalhes e pormenores, assim a análise permite rever alguns pontos específicos onde a memória ficou cristalizada em suas distorcidas interpretações e possibilita reordená-las, quando e onde quer que seja desejado, dirigindo a estas um foco diferente e uma iluminação própria. Simultaneamente, é  importante valorizar as imagens que já puderam ser tratadas, cuidadas, que apresentam um bom resultado e desvendam capacidades que se encontravam adormecidas, assim como fazemos quando temos a oportunidade de obter tomadas fotográficas em horários diferentes do dia, os seus coloridos se modificam conforme a incidência da luz do sol, e tudo parece estar diferente, apesar de ser o registro de um mesmo ambiente. Estar disponível a esta viagem ao inconsciente e verificar quais as possibilidades de reorganizar e dar sentido às imagens que surgem desconexas como em um sonho, não é uma tarefa fácil, mas exige esta mesma disponibilidade que precisamos ter ao empreender em uma longa viagem, a capacidade de aceitar um tanto de surpresas e incertezas e despertar a capacidade de lidar com o novo, pois o viver exige-nos sermos capazes de lidar com o novo, e esta é uma vertente da verdadeira resiliência.

Presenciar momentos de nitidez nas imagens que se sucedem em um percurso analítico produz uma sensação de completude muito parecida ao encontro e à comunicação que realizamos em uma viagem quando nos encontramos com paisagens surpreendentes. Somente após um longo percurso é que podemos olhar quantas foram as voltas que demos, quantas curvas perigosas por onde passamos, quantas subidas e descidas, quantas e quantas vezes paramos para olhar o infinito e nos permitimos sermos invadidos por uma sensação de encantamento diante da imensa complexidade da vida e do nosso mundo repleto de imagens que ora se integram, ora se complementam, formando um enredo e contando uma história muito particular! Esta viagem, sem dúvidas, não tem como nos trazer de volta ao que éramos antes, se, de fato… tomarmos os devidos cuidados. As metas da análise, assim como da interpretação de um sonho, ou de uma viagem, incluem encontrar-se com uma gestalt, que possa ser única, representável e capaz de elevar a capacidade de dar sentido e produzir uma fruição, assim como nos sentimos quando podemos fruir de uma obra de arte que realmente nos toca, pois diante deste contato, nos sentimos mais humanos e podemos dar mais valor aos sensíveis e delicados momentos de uma grande emoção.

Quais são os cuidados necessários? Assim como o condutor em uma viagem deve conhecer bem o caminho e ser habilitado perfeitamente a empreender em condições seguras uma viagem, assim se exige de um analista, que seja capaz de acompanhar seguramente o processo analítico de seu paciente, que conheça as leis do funcionamento mental, que esteja apto à condução segura em pontos arriscados e temerosos do seu percurso, que permita ao seu paciente escolher as imagens que ele queira tomar como significativas, que o motive a continuar descobrindo novos encontros com a sua subjetividade, e que o faça de maneira inédita, singular, profunda e em especial, resultante em sentidos que reforcem a alegria em desvendar-se a si mesmo e situar-se, ao mesmo tempo, na imensidão das possibilidades de construir o próprio percurso e traçar a sua própria trajetória.

 

 

Catarina Rabello
Psicóloga Crp 30103/06
Psicanalista membro efetivo Departamento de Psicanálise Instituto Sedes Sapientiae

Contato: (11) 97043 4427
contato@psicatarina.com

 

Indicações da Psicanálise Perdizes e Tatuapé

Por | Abordagem psicanalítica, Autoimagem e autoestima, Psicanálise | Nenhum Comentário

 

Estamos sendo capturados a todo momento por um universo cujo volume incessante de imagens e informações direcionam, de certa forma, os nossos desejos, pensamentos, sonhos e emoções. Estar imerso neste mundo de riqueza de linguagens e velocidades diversas pode nos levar a uma maior vulnerabilidade psíquica e, consequentemente, à perda de contato com os aspectos mais subjetivos do ser.

As perguntas “Quem sou?” e “O que preciso para ser feliz?”  estão sendo respondidas a todo o momento por uma quantidade enorme de demandas externas que nos cercam. Entretanto, a linguagem interna dos sentimentos, sensações, desejos e emoções, muitas vezes não consegue ser capturada com tanta clareza como os signos linguísticos que nos invadem continuamente pelos meios da comunicação digital.

As sensações de angústia, tristeza, ansiedade, medo, incerteza e insatisfação podem ocupar o espaço interno mental sem que o indivíduo tenha consciência da importância da conexão consigo mesmo, com as suas questões subjetivas, ou com os efeitos das marcas de sua história de vida no psiquismo.

A falta de sintonia entre as demandas psíquicas internas e as demandas do mundo externo pode levar a idealizações dissociadas da realidade, produzindo um desgaste da autoimagem e autoestima. As dificuldades emocionais ligadas aos insucessos em lidar com os desafios da vida podem desencadear sintomas psíquicos associados às depressões, medos e ansiedades, que comprometem o desenvolvimento global do indivíduo e o processo de escolhas que remetem à realização de um sonho de felicidade almejada.

Poder falar de si mesmo em um processo terapêutico é uma oportunidade de reconectar-se com o ser subjetivo que encontra-se permeado de expectativas e frustrações por vezes muito intensas, contraditórias ou duradouras. De certa forma, o que possibilita com que uma pessoa conviva tanto tempo com um elevado grau de angústia, sofrimento e insatisfação está relacionado ao seu potencial de resiliência. Entretanto, o equilíbrio emocional pode tornar-se frágil e desgastado pela ineficácia das defesas internas, que já não conseguem suportar o nível de estresse psíquico. Ao surgirem sintomas de depressão, ansiedade, medo, pânico, ou sintomas de origem psicossomática, que prejudicam significativamente a qualidade de vida,  a pessoa se dirige finalmente à procura de uma ajuda terapêutica. Entretanto, se esta procura de ajuda é adiada por muito tempo e por diversos motivos, maiores se tornam os desdobramentos de uma falta de sintonia do paciente consigo mesmo, tornando mais complexas as suas dificuldades e mais cristalizadas as suas sintomatologias.

Na abordagem psicanalítica, os sintomas psíquicos ou psicossomáticos, aqueles que associam as questões inconscientes aos sintomas físicos, podem ser analisados e interpretados como indicativos de dificuldades importantes em conciliar os conflitos provenientes da luta entre as questões da subjetividade inconsciente.  Estes conflitos podem ter origem até nas vivências mais remotas da infância e as suas representações podem ser trazidas à consciência através da escuta analítica e serem trabalhadas através da análise.

A psicoterapia de abordagem psicanalítica pode ajudar o paciente a reconciliar-se consigo mesmo, com sua história de vida e seus traumas, identificar os valores que orientam a sua vida, resgatar os recursos psíquicos que lhe permitam lidar melhor com a sua subjetividade inconsciente, recuperar ou desenvolver a capacidade de manter o equilíbrio corpo/mente e seguir no desenvolvimento de seus potenciais para a auto-realização, saúde e bem-estar.

 

 

Catarina Rabello
Psicóloga Crp 30103/06
Psicanalista membro efetivo do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae
Neuroeducadora CEFAC

Consultório: São Paulo-SP
(11) 970434427
contato@psicatarina.com

 

Carreira profissional, Coaching e Psicoterapia dirigida a mulheres

Por | Abordagem psicanalítica, Autoestima feminina, Coaching de Carreira, Psicologia da mulher, Psicoterapia, Psicoterapia Perdizes, Psicoterapia Tatuapé | Nenhum Comentário

 

Muitos são os caminhos para valorizar a potência criativa da mulher.
Partindo de novos ideais ou de ideais já processados mentalmente, mas ainda não colocados em prática, a mulher pode acreditar mais nos seus recursos potenciais para enfrentar desafios em diversas áreas da vida. Este processo envolve dúvidas e inseguranças que podem ser melhor trabalhadas se for possível compartilhar as dificuldades em um espaço profissional psicoterapêutico protegido e isento de críticas e julgamentos.


Colocar em prática um ideal, um sonho ou um projeto exige planejamento, organização, disciplina e muita dedicação mas, principalmente, uma crença positiva em si mesma e no próprio desejo, acreditando que vale a pena lutar por um ideal. Se a autoestima estiver rebaixada, o medo de arriscar pode consumir a energia positiva acumulada e impedir que a iniciativa se desenvolva. Entretanto, mesmo com uma autoestima razoável, às vezes é difícil manter a motivação para investir em uma mudança de rumo e de perspectivas, se esta trajetória se dá de maneira solitária ou sem o apoio das pessoas mais próximas.

Há situações de conflitos que requerem um maior aprofundamento sobre a sua própria maneira de ser e reagir, e momentos de crise podem ser também bons momentos para gerar autoconhecimento e aprendizado. Neste caso, uma psicoterapia psicanalítica pode ajudar a identificar quais os mecanismos psíquicos estão prejudicando as interações sociais ou o desenvolvimento pessoal e profissional, concorrendo para os insucessos e levando à queda da autoestima e autoimagem feminina. A auto-realização em diversas áreas da vida tem uma relação direta com a autoestima e a autoimagem. O reconhecimento dos limites e potenciais, a ampliação da capacidade de resiliência, o desenvolvimento da criatividade, e a capacidade de transformação e aprendizado frente às dificuldades são aspectos que um processo psicoterapêutico pode ajudar a ampliar e potencializar através do autoconhecimento. 

Quanto à abordagem do coaching ,
ele dispõe de técnicas que facilitam identificar rapidamente aspectos que estão frágeis
e representam pré-requisitos essenciais na tomada de decisões. Estes aspectos, ao serem identificados, podem ser trabalhados com um foco muito específico e objetivo no processo de coaching, ao passo que, em um processo psicoterápico, pesquisamos os significados que estas dificuldades
assumem diante de toda a dinâmica emocional do cliente. Ou seja, quando há dificuldades
relativas à carreira profissional e tomada de decisões no campo profissional, é possível
aliar as técnicas do coaching a um aprofundamento psicoterápico.

 

 

Catarina Rabello
Psicóloga Crp 30103/06 Psicanalista Sedes Sapientiae
Psicoterapeuta na abordagem psicanalítica
Coach profissional, pessoal e de liderança (SBC)

Contato:
(11) 970434427
contato@psicatarina.com

Perdizes: R. Ministro Godói, 1301
Tatuapé:  R. Serra de Botucatu, 48

 

Tatuapé e Perdizes: Terapia de Casal e Família

Por | Abordagem psicanalítica, Dinâmicas disfuncionais, Família, Terapia de Casais Perdizes, Terapia de Casais Tatuapé, Terapia familiar sistêmica | Nenhum Comentário

O que trabalhamos na Terapia de Casal e Família?

Nas psicoterapias de Casais e Famílias os temas trabalhados são aqueles que foram capazes de gerar os grandes nós, crises ou conflitos familiares difíceis de solucionar e que impedem, de alguma forma, o diálogo e o bom crescimento da família. Através da terapia familiar e de casal o psicoterapeuta pode ajudar o casal a identificar quais são os aspectos do relacionamento que podem ser tratados, compreendidos, reintegrados e melhor elaborados. Este processo envolve bastante comprometimento dos participantes e é conduzido pelo terapeuta conforme a sua abordagem teórica.

Utilizo a abordagem psicanalítica, que apóia-se na conceituação de que grande parte dos conflitos de relacionamento têm origem nos conflitos individuais inconscientes mal resolvidos.

A abordagem sistêmica, por outro lado, contribui para a compreensão dos fatores sócio-histórico-culturais que interferem nas transformações da família, nos seus valores, nas interpretações dadas às situações vividas e nas dinâmicas familiares disfuncionais. Todos estes fatores interagem e se reatualizam nas experiências cotidianas da convivência conjugal e na construção de uma nova família.

Desenvolver a sensibilidade da escuta, ser cuidadoso ao se expressar, controlar as reações impulsivas, aprender a conhecer a si mesmo e perceber melhor o outro, são fatores que podem contribuir para uma interação conjugal e familiar com menos estresse e mais equilíbrio emocional, sendo mais fácil conviver com e apesar das diferenças individuais.

A vida em família se descortina em volta de uma mesa, em torno de momentos simples e cotidianos, outros únicos e especiais, porém, todos podem ser guardados em uma memória que preza as transformações da família, suas marcas históricas, suas evoluções e seus conflitos, e que, de uma maneira ou outra, podem encontrar uma resolução na busca do diálogo, como tento expressar no poema “À Mesa”.

 

À Mesa
Catarina Rabello

À mesa um lugar perfeito
Encontro de momentos inesquecíveis
entre uma refeição e outra
Lembranças
Digressão
Debates
Celebração

Em volta da mesa vemos crescer os filhos
Degustamos deliciosos vinhos
Escapamos em sonhos
Refrescamos o afeto
Pomos os pés no chão
Entornamos o caldo
Sentenciamos
Gritamos
Silenciamos
Pontuamos
Revisamos
Rimos
Choramos

Por último
Viramos a mesa
Mesa de cabeça para baixo
Quão importantes os seus pés
Nas estacas do equilíbrio
Quando ao reunirmos à mesa
A busca contínua de um  lugar
Espera incessante a renascer

O Vir a Ser
Ouvir E Ser

Um doce a mais ou sal a menos
Medida exata exercício contínuo
Em busca do limite
Um eterno convite
à individuação

Venha se juntar
ao entardecer
Jogar tanta conversa fora
Que o mundo todo
se surpreenda
A mesa sempre presente
testemunho forte e resiliente

 

 

 

Catarina Rabello
Psicóloga Crp 30103/06
Psicanalista membro efetivo Departamento de Psicanálise Instituto Sedes Sapientiae
Psicoterapeuta de Casais e Famílias
Coach Pessoal, Profissional e de Liderança SBC
Neuroeducadora CEFAC

 

Consultório: São Paulo (Capital)
contato @psicatarina.com
(11) 970434427

Perdizes: R. Ministro Godói, 1301
Tatuapé: R. Serra de Botucatu, 48